quarta-feira, 17 de novembro de 2010

OS PAIS, COMO SÃO IMPORTANTES!

OS PAIS, COMO SÃO IMPORTANTES!
Por Sonia das Graças Oliveira Silva
Aproveitando o momento “dia dos pais”, escrevo para salientar a importância dos pais na vida dos filhos. E a importância que os pais devem dar em ficar algum tempo com seus filhos.
Muitas vezes, a mãe não permite a participação do pai logo ao nascimento do bebê por medo de que ele não saiba lidar adequadamente, não saiba pegar a criança, podendo derrubá-la. Ou então, simplesmente, por pensar que cuidar da criança é papel exclusivo da mãe.
Sabe-se que o papel dos pais na vida de um filho é único. O espaço destinado ao pai ou à mãe é algo singular na vida de qualquer ser humano. O papel de pai e de mãe exige primeiramente uma reflexão. Considere-se que o filho não solicitou sua existência aos pais, ao contrário, por ação dos pais e influência divina forma-se um novo ser, a terceira pessoa de uma relação.
Inicia-se aí um tempo novo, um tempo de responsabilidades.
É muito importante que o pai participe desde os primeiros momentos da educação e do cuidado com o filho. É próprio da mulher ter mais medos e zelo com os filhos, chegando, às vezes, ao exagero. No entanto, quando a criança passa a explorar o mundo é o pai que vem incentivá-la a conhecer o ambiente que a cerca, levando-a a aventurar-se mais, a perder os medos.
Em alguns momentos, esse papel de pai pode parecer pesado demais, cheio de dúvidas e incertezas. Há que se considerar que os pequenos não vêm com manual de instruções, o que torna a sua criação mais desafiadora ainda.
Quando se pensa em auto-estima das crianças é preciso salientar o quanto o papel do pai é fundamental nesse processo. Mesmo que a mãe vibre com cada vitória do filho, os elogios do pai, talvez por serem mais escassos, têm um outro peso para a criança. A presença do pai é fundamental. Percebe-se a tristeza nos olhos de uma criança cujo pai nunca está presente nos eventos do colégio.
O pai fornece um modelo de conduta para seu filho. Desde tempos antigos já se dizia que é com o pai que o filho aprende a ser homem. Quanto à filha, através do relacionamento com o pai ela aprende o funcionamento do universo masculino, o que facilitará para lidar com as figuras masculinas em sua vida afetiva.
Infelizmente, o mundo atual não permite aos pais, de modo geral, ficar muito tempo com os filhos. Neste ímpeto desenfreado de trabalhar, manter-se no mercado competitivo, manter-se capaz de responder as exigências do dia-a-dia acabam relegando a um segundo plano coisas mais importantes como filhos, família, amigos. As crianças disputam com o trabalho dos pais um pouquinho de seu tempo.
Quando o pai acorda vê, de repente, que seu filhinho já está bem grande, o tempo passou e ele não viu o filho crescer. Criar um filho implica em conviver, ficar junto, brincar... E, nesse viver constantemente lado a lado, a pessoa do pai verte-se na pessoa do filho, ensinando-o a olhar para o mundo, ajudando-o a construir a sua personalidade e a adquirir virtudes. Auxiliando-o a desenvolver as suas qualidades e a relacionar-se com as outras pessoas.
Os pais devem estar ao lado dos filhos nos problemas e nas dificuldades, que são sempre grandes e importantes. Mesmo quando parecem não passar de "coisas de crianças".
Dar a vida a um novo ser é apenas um começo. É preciso depois edificá-lo. E isso dá muito trabalho.
Enfim, o pai, juntamente com a mãe, pontos de apoio e sustentação do ser humano, têm a preciosa tarefa de cuidar, guiar e transformar a criança imatura e inexperiente em um cidadão maduro, responsável, consciente de seus deveres e direitos. É, talvez, a tarefa mais difícil do mundo, no entanto, a mais bela.
Empresária, Graduada em Ciências/matemática, Especialista em Educação Infantil pela FACED, Faculdade de Educação da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Especialista em Mídia e Deficiência, pela FACOM, Faculdade de Comunicação da UFJF, é Pós-Graduada pela UFJF em Arte, Cultura e Educação. Possui várias publicações em sites e revistas.