terça-feira, 15 de novembro de 2011

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
 Por: Sonia das Graças Oliveira Silva
Juntamente com as comemorações da pátria e a primavera, setembro também traz algo mais. Temos atualmente, a semana nacional do trânsito. É um tempo de conscientização da população para o trânsito. E a questão é muito importante, visto o número fantástico de acidentes que ocorrem todos os dias, em todas as cidades brasileiras.
A educação deve começar cedo. A impressão que temos é que o indivíduo só começa a se preocupar com as informações sobre trânsito quando está na época de “tirar a carteira de motorista”. Aí, é aquele corre-corre, aulas teóricas, legislação de trânsito, aulas práticas, tudo muito rápido porque precisa da carteira. Aprende-se tudo de uma vez, tudo decorado, coisa que muito rapidamente se esquece.
Realmente, o trânsito faz parte de nossas vidas. Mas, infelizmente, a importância dada a este assunto não parece tão grande. Todos os dias assistimos reportagens na TV sobre acidentes no trânsito. Fala-se que aumenta a cada dia a quantidade de mortos, mas, tudo continua na mesma.
Nós já nos habituamos a ouvir, nos noticiários, sobre os acidentes, mas não conhecemos aquelas pessoas que morreram e então, tudo fica no esquecimento. Dentro de poucos segundos, já não sabemos mais sobre o que o repórter falou.
Pessoas morrem todos os anos, principalmente nos feriados prolongados. A pressa de chegar, a bebida alcoólica ingerida momentos antes de dirigir, a desatenção ao volante, os carros em péssimas condições de uso, estradas esburacadas, enfim, tudo leva a acidentes horríveis, muitas vezes, com crianças sendo vítimas de adultos irresponsáveis. E aí eu pergunto: o que falta? Educação no trânsito? Começar a ensinar sobre trânsito bem cedo?
A sociedade está preocupada com este tema. O aumento do número de veículos nas ruas também é assunto preocupante. Algumas cidades já atingiram um número absurdo de veículos nas ruas. O problema é que muitas cidades não estão preparadas para suportar esta mudança. Este grande número de veículos causa uma desenfreada corrida na formação de novos condutores, o que pode acarretar um número maior de novos motoristas, sem muita experiência, conduzindo veículos pelas ruas.
E, para piorar, esta crise aérea, que fez muita gente deixar os aviões e pegar a estrada de ônibus ou no próprio carro. Seria ótimo se todos, ao tirar seus carros da garagem pensassem em levar mais pessoas, ou seja, levar o amigo, parente, colegas de trabalho, de colégio, enfim, aumentar o número de pessoas nos veículos, diminuindo o número de carros nas ruas, com uma só pessoa. Até o meio ambiente ganha com isso, visto que diminuirá os gases poluentes.
Muito tem se falado na segurança para as crianças, mas hoje em dia, até as calçadas estão representando perigo. Não é raro ouvir nos noticiários: “atropelada criança na calçada” ou “atropelado no acostamento”. É uma verdadeira guerra urbana, onde os carros, para alguns, representam liberdade e status e, de vez em quando, são usados de forma irresponsável, por motoristas bêbados ou com muito sono ao saírem das baladas.
Não basta sinalizar as vias públicas, ou colocar radares nas avenidas, é preciso educar para o trânsito. Os pais, ao saírem de casa com seus filhos no carro, devem agir com responsabilidade, respeitando as leis do trânsito e passando isso aos seus filhos. Sem dúvida, nosso comportamento influencia as crianças e, todos nós, em dado momento, somos pedestres também e, algum dia, mais cedo ou mais tarde, nossos filhos serão condutores de algum veículo e estarão sujeitos a vários perigos.
Sabemos que o exemplo vindo do adulto vale mais que muitas palavras e as crianças têm facilidade em aprender o que vêem. Portanto, temos que deixá-las ver apenas o que é correto. Nossas atitudes são copiadas pelos nossos filhos, então, não é difícil educar para o trânsito, basta nós mesmos pararmos de infringir as leis.
É necessário por um fim a esses acidentes diários, pois com isso, muitas vezes, perdemos futuros médicos, cientistas, atletas, ou futuros presidentes, de forma estúpida, em situações que, de modo geral, poderiam ser evitadas.

CONTANDO HISTÓRIAS

Texto de sonia Oliveira publicado no portal 'shvoong'

CONTANDO HISTÓRIAS
Por: Sonia das Graças Oliveira Silva
Mesmo não percebendo, estamos sempre contando uma história. Narramos um fato acontecido conosco no dia-a-dia, com riqueza de detalhes. Às vezes, um capítulo de uma novela, uma notícia do jornal que foi lido, um fato que outra pessoa nos contou, enfim, somos contadores de histórias natos. Mesmo com a inovação nas formas de se narrar histórias, essa atividade continua tendo, na sua essência, a preocupação de trabalhar a afetividade, a emoção e o imaginário do ouvinte. Para ser um contador de histórias, principalmente de histórias infantis, é preciso ter um dom, ter sensibilidade e poder de encantamento. E como é bom encantar as crianças, elas ficam com as boquinhas abertas, o ouvido atento e olhos arregalados quando estão prestando atenção em uma historinha. É encantador encantar uma criança com uma boa história. Aos profissionais da educação cabe perceberem que a literatura é uma das ferramentas mais poderosas para trabalhar com o emocional de cada criança. Através da leitura de histórias percebe-se o que é importante para a criança, ela elabora seus medos, dores, perdas, traumas, com facilidade. Pode-se também perceber e trabalhar o que perturba a criança. E o profissional, trabalhando esse medo, essa dor, esse trauma, eles desaparecerão ou se transformarão. Por isso, as histórias são importantes para ajudar as crianças no aprendizado da leitura, na elaboração do pensamento, nos sonhos. Ana Maria Machado, uma das maiores escritoras infanto-juvenis do Brasil afirma que: “Ler é muito gostoso, é natural que as pessoas gostem. Só falta alguém que desperte esse interesse”. Através do contar histórias, as crianças acabam por se interessar e vão querer ler por si mesmas. Infelizmente, uma grande parte dos nossos professores não adquiriu o hábito de ler, o que causa uma situação contraditória. Professores que não lêem, querendo ensinar as crianças a ler muitos livros. A literatura tem um papel muito importante na formação da criança.
Ela permite sonhar, vencer angústias, desenvolver a imaginação, viver outras vidas, conhecer outras civilizações, aprender sobre o modo de vida de outras pessoas. Temos que considerar que ler, para muitos, não é muito fácil. Requer silêncio, concentração. Além disso, nem todas as histórias têm um final feliz. Apesar de que muitos adultos pensam que as crianças não sabem conviver com a dor, elas sabem sim. Hoje em dia, os pequenos convivem com fatos que não deveriam ser próprios para sua idade: violência em casa, trabalhos forçados, separação dos pais, abandono, falta do básico para viver, abusos, rejeição e muitos outros temas desse tipo. Infelizmente a criança sabe que isso existe e o melhor é falar sobre esses temas com sinceridade e verdade. Assim pode acontecer nas histórias. Pode-se também falar de temas difíceis: falar da vida, sem querer ensinar nada com as histórias, como se fosse um sermão. Uma história bem escolhida, basta por si mesma, não precisa de artifícios para passar uma mensagem. Uma boa história pode fazer a criança pensar, brincar com o imaginário, fantasiar e superar alguma dor que a esteja incomodando. Fantasia existe para quem quiser e souber vivê-la. As histórias, principalmente os contos de fadas podem fazer muita criança, pobre ou rica, sonhar e imaginar mundos diferentes do seu. Ouvir histórias e entrar para o mundo da imaginação amplia as possibilidades das crianças se transformarem em adultos saudáveis. Afinal de contas cada um tem que viver suas experiências para construir sua própria história.
Publicado em: 11 fevereiro, 2008   


Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/education/1762944-contando-hist%C3%B3rias/#ixzz1dpXpIO8UCONTANDO HISTÓRIAS

Os pais – Como ter um remoto controle sobre a TV


Os pais – Como ter um remoto controle sobre a TV

Por: Sonia das Graças Oliveira Silva


Nos modernos tempos de globalização, em que a televisão, a internet, os videogames, são realidades presentes no cotidiano de grande parte da população, a influência destes recursos tecnológicos sobre os jovens é muito grande. Diante disso pode ser negativo deixar crianças e jovens expostos à influência absoluta dos meios de comunicação.

Na afirmação de alguns estudiosos, eles podem estar correndo o risco, entre outras coisas, de se tornar espectadores passivos, sem concentração, presas fáceis da obesidade, do consumismo e da violência, acarretando um baixo rendimento escolar, diminuição da comunicação familiar e aumento da atividade sexual precoce.

Estes aspectos negativos podem ser evitados e combatidos com uma postura crítica e criativa dos pais, familiares e educadores. Há que se perceber que o ideal não é proibir totalmente os filhos de assistir televisão, jogar videogame ou conectar-se à internet, mas sim criar com estes adolescentes, uma relação de confiança, proximidade e cumplicidade, que possibilite, além da diminuição do tempo de exposição a tais recursos tecnológicos, um estreitamento de relações emocionais, uma troca de experiências, diálogo sobre vários assuntos, inclusive sobre os conteúdos dos programas de TV.

É também uma forma dos adultos aproximarem-se mais dos jovens. Quanto aos adultos, toda vez que posicionarem-se contra programas considerados inadequados, interagindo, boicotando, telefonando, enviando e-mails às instituições, emissoras, indústrias, exigindo adequação dos programas e ou produtos a horários e faixas etárias, eles estarão assumindo a função de cidadãos conscientes, responsáveis, críticos e ativos, e podem fazer valer seu poder de público consumidor, frente aos desafios da atualidade e, principalmente, transformarão recursos tecnológicos em aliados na formação e desenvolvimento das novas gerações.

Considere-se que a presença dos pais na vida dos filhos é a melhor prevenção contra a violência, o consumismo e a desumanização. A presença, seguida do diálogo e compreensão, são meios inteligentes para educar e encontrar soluções. Conforme Oliveira Silva (2004), em trabalho monográfico, da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), cujo tema é A Televisão e a Criança,
 
"Devemos considerar como atitude mais adequada para os pais, saberem o que os filhos assistem pela TV e conversar com eles sobre a programação. Se forem assuntos polêmicos e que vão contra a formação dada em casa, é melhor discutir com eles sobre o que diz o programa, ou o filme. Se os pais acompanham o que os filhos assistem, têm mais condições de se aproximar do universo em que vivem seus filhos".
  Segundo Hoineff[1] (2004), “As crianças brasileiras têm cada vez mais cedo acesso ao controle remoto, geralmente longe da vista de adultos”. Esse é um dos motivos, em sua opinião, de se discutir a qualidade da programação.

A TV continua sendo o principal veículo de entretenimento e de interação com o mundo, usado pelos jovens.  Muitas pessoas acham que a televisão tem, ao mesmo tempo, trazido benefícios e malefícios para a formação de crianças e adolescentes.

Consideram como valores positivos que a TV é uma forma de adquirir conhecimento, de socializar o acesso ao mundo digital e novas mídias, de revelar um pouco do mundo dos filhos e ser um tipo de lazer de baixo custo.

Entre os aspectos negativos citados pelos pais, estão a contribuição da televisão para substituir o sonho infantil e o mundo do faz de conta pelas ilusões adultas, como riqueza, sucesso e felicidade, a banalização do sexo e da violência, a pobreza da linguagem utilizada, a discriminação e preconceito com as pessoas, a exposição do mundo-cão, o desrespeito à ética e a valores e a ditadura do consumo como forma de interação social.

Considerando que grande parte da população vê televisão e as outras formas de comunicação, como leitura e cinema, são bem menos procuradas conclui-se que a TV é o educador hegemônico da sociedade brasileira. Diferentemente da Europa, no entanto, é majoritariamente comercial, vinculada à audiência, ao mercado e ao consumo. 
   


[1] HOINEFF, Nelson. Jornalista, especialista em TV por assinatura, crítico de cinema e diretor de documentários, com passagem por emissoras de TV do Brasil, como Manchete e SBT.

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Sobre o Autor
Professora, Empresária, Especialista em Educação Infantil pela UFJF e também Pós Graduada em Mídia e Deficiência pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Mg.
Contato pelo e-mail:soniajf23@yahoo.com.br e pelo e-mail: soniajf23@gmail.com
 

O PERFIL PROFISSIONAL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

O PERFIL PROFISSIONAL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Por: Sonia das Graças Oliveira Silva:
O professor (dirijo-me de forma genérica, pensando em professor ou professora) que trabalha direto com crianças precisa ter uma competência polivalente. Isso significa dizer que deverá trabalhar com conteúdos de naturezas diversas, que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento.
Torna-se necessário, então, uma formação bastante ampla do profissional, que deverá refletir constantemente sua prática, aperfeiçoar-se sempre. É importante também, que haja um debate com colegas, diálogo com as famílias e a comunidade, sempre na busca de informações novas para o trabalho que desenvolve.
Segundo a educadora Guiomar Namo de Mello, em entrevista para a revista Nova Escola (2004), em resposta à pergunta: Como deveria ser o currículo para formar professores competentes?
A educadora responde que “ninguém ensina o que não aprendeu”. Por isso o curso de formação precisa dar peso grande ao conteúdo que vai ser ensinado.
Transcrevo abaixo um poema que considerei uma ótima definição do professor que trabalha com carinho e arte.
[...]
Arte está em toda parte
Arte está em toda parte
Está na educação
Pedagogia é uma arte
A arte de conduzir
Abrir novos horizontes
E acreditar no porvir
Professor,
Arte é a reflexão
De sua prática educativa
Arte é ser mediador
Arte é ser pesquisador
É ser facilitador
Arte é tudo que incentiva
Professor,
Na arte de ensinar
A ação que mais fascina
É sua arte de moldar
O que já é obra prima.
Obra prima sem minuta
Exige arte e desvelo
Depende da sua conduta
De estima ou de zelo.
Arte, professor, é...
Ao entrar em sua sala
Perceber cada educando
Cada um com sua fala
Outros até se calando
É como a arte de ler o vento
Que diz como está o tempo
Professor, esse é o momento
Da arte de se ler
Ler seus educandos
Que são artistas esperando
Fazer arte para aprender
Arte está em toda parte
Está na vida!
Vida.
Obra de arte divina
Tudo que se descortina
É a arte de viver bem
Como? Arte? Onde se vê?
Quem é o artista?
O artista desta arte
Encontra-se em toda a parte
Um deles... pode ser você!
*( Maria Terezinha Alves Castilho) - Supervisora de educação infantil da Escola Municipal Padre Germano Mayer – Arapongas.


Na tentativa de refletir mais sobre a arte de ensinar vejamos esse poema simples e lindo que diz muita coisa:
Professora
“Ela entrou na sala e viu rostos que perscrutavam, indagavam, esperavam. Começou a dizer-lhes de suas férias, mas descobriu que esta palavra ali era oca e distante. Abriu então seu caderno de planos e quis ensinar-lhes as maravilhas que ali escrevera, mas aprendeu que menino triste não tem gosto para manejar o lápis. Quis ensinar uma canção, mas o canto se tornou um choro. Tentou contar-lhes de bruxas, de fadas, de gigantes, mas percebeu que não crêem em fantasias os meninos que vivem da verdade de cada dia.
Por um instante a professora não encontrou o que fazer. Então, apenas sorriu para a classe e decidiu dar-lhes primeiro a sua amizade.
Depois, mansamente, lhes daria ensinamentos.
Bem-aventurada!”
(Maria Célia Bueno) do livro: A educação pré-escolar, Marieta Lúcia Machado Nicolau.http://marciacruzcoordenacaopassoapasso.blogspot.com/2010/10/o-perfil-profissional-do-professor-de.html